WINDOWS 11 ENFRENTA GRANDE AMEAÇA À SEGURANÇA: VAI LEVAR UM ANO PARA RESOLVÊ-LA

Em janeiro deste ano, a Microsoft lançou um patch de segurança para computadores atualizados para o Windows 11. 

O patch visava corrigir uma vulnerabilidade grave no mecanismo de segurança Secure Boot. 

No entanto, o “BlackLotus”, um dos malwares mais perigosos da atualidade, continua a representar uma ameaça. 

Como resultado, a Microsoft teve que lançar mais um patch esta semana. 

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Este novo patch corrige outro bug que o BlackLotus estava aproveitando para executar código remotamente nos computadores de suas vítimas.

O BlackLotus é um bootkit sofisticado capaz de burlar os mecanismos de segurança do SecureBoot.

O SecureBoot é um requisito obrigatório para instalar o Windows 11 ou atualizar para esta versão. 

É um sistema de inicialização seguro que foi incluído na grande maioria dos computadores Windows lançados na última década. 

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Ao contornar esses mecanismos de segurança, o BlackLotus é capaz de executar códigos maliciosos antes mesmo de o sistema operacional começar a carregar quando o computador é ligado. 

Da Microsoft, eles garantem que a vulnerabilidade possa ser explorada por invasores que tenham acesso físico a um computador Windows ou que tenham permissões de administrador no sistema.

 

MALWARE BLACKLOTUS EXPLORA VULNERABILIDADES DE SEGURANÇA DO WINDOWS 11

 

A falha explorada pelo BlackLotus é séria e a Microsoft levou vários meses para consertá-la. 

A Microsoft confirmou esta informação à ArsTechnica, afirmando que a vulnerabilidade não será resolvida até pelo menos o primeiro trimestre de 2024 porque a solução precisa ser propagada em três estágios diferentes, separados por vários meses.

A primeira etapa começou em janeiro deste ano, quando a Microsoft lançou um patch de segurança para corrigir a vulnerabilidade CVE-2022-21894. 

Essa vulnerabilidade permitia que invasores executassem código arbitrário no processo de inicialização segura. 

No entanto, o BlackLotus continuou a representar uma ameaça mesmo depois que esse patch foi disponibilizado.

A segunda etapa começou recentemente, quando a Microsoft lançou um novo patch para corrigir a vulnerabilidade CVE-2023-24932. 

Essa vulnerabilidade permitiu que o BlackLotus executasse código remotamente nos computadores de suas vítimas.

O patch é destinado a computadores com Windows 10 e Windows 11. Além de versões do Windows Server posteriores ao Windows Server 2008. 

No entanto, a atualização chegará a dispositivos com o patch desabilitado e levará alguns meses para ser ativado. Isso porque ele fará com que a mídia atualmente usada para inicializar o Windows nos computadores pare de funcionar como resultado de alterações no gerenciador de inicialização que serão irreversíveis. 

Depois de ativar o patch, você não poderá inicializar usando mídia como unidades USB ou DVDs antigos que não possuem o patch e estão executando versões do Windows.

Esta é a razão pela qual a Microsoft decidiu espaçar a resolução da violação ao longo do tempo. 

A atualização destinada a facilitar a ativação do patch só chegará em junho. E o último, encarregado de ativar definitivamente a correção do problema, estará disponível no início de 2024.

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